Localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, área de ponto de encontro das placas tectônicas oceânicas e cercado por vulcões, o Japão enfrenta desastres naturais freqüentemente. O mais grave terremoto da história do país ocorreu em 1923.
Na ocasião, o tremor, entre 7,9 e 8,3 graus na escala Richter, deixou 156 mil mortos entre Tóquio e Yokohama. Cerca de 75% dos prédios de Tóquio foram afetados. Nos dias seguintes, outros 1.700 tremores de reflexo atingiram o país. Por causa dos tremores, houve tempestades e diversos focos de incêndio. O desastre deixou 500 mil pessoas desabrigadas.
O segundo mais grave terremoto, de 7,2 graus na escala Richter, aconteceu em 1995 e destruiu cerca de 180 mil prédios na cidade Kobe. Cerca de 5.000 pessoas morreram e outras 330 mil ficaram desabrigadas. O desastre também representou prejuízos de US$ 7 bilhões [cerca de R$ 12, 3 bilhões] ao país, em arrecadação de impostos.
Durante o século 19, em 1896, um tsunami atingiu a costa da ilha de Honshu e matou cerca de 28 mil pessoas quase toda a população costeira. As ondas, de até 30 metros, invadiram 160 km país adentro.
Em 2007, um terremoto de magnitude de 6,9 graus deixou ao menos 170 feridos. O tremor gerou o receio de um tsunami, mas o alerta acabou suspenso.
No ano de 2011, o Japão sofre um terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami, que chega a 900 o número de mortos, segundo o último balanço anunciado pela polícia neste domingo (no horário local).
A polícia nacional acrescentou ao balanço 642 pessoas desaparecidas e 1.570 feridos, pelo tremor que abalou a costa nordeste do país na véspera, gerando um devastador tsunami, que varreu partes da costa da ilha de Honshu. O número de vítimas, porém, ainda não é definitivo e pode, de acordo com a estimativa do próprio governo, superar os mil mortos. A agência de Kyoto fala em 1.700 mortos.
O dia 12 de março um forte terremoto de 8,9 graus na escala Richter - com epicentro no oceano a 24 km de profundidade e a apenas 130 km da costa do Japão - sacudiu o arquipélago. Nesta magnitude, o sismo tem a força suficiente para dizimar cidades inteiras. Minutos depois, um tsunami devastou várias cidades da costa nordeste do país, em especial a província de Miyagi, cuja capital é Sendai, com 1 milhão de habitantes. Foi o maior abalo já ocorrido no país, situado entre os dez maiores já registrados pela humanidade. Mesmo sendo um país rico, organizado e com espaços estruturados para suportar abalos - os japoneses estão acostumados a tremores de terra diários -, os efeitos são devastadores: o cenário é de terra arrasada, com destroços amontoados em várias cidades da região. O abalo foi de grande magnitude, mas a maior parte da destruição resulta da ação do tsunami, com ondas de até 10 metros de altura que arrastaram casas, carros, barcos, equipamentos públicos e edificações terra adentro. Entre os efeitos mais preocupantes está o comprometimento de reatores nucleares em Fukushima. Houve também repercussões em ilhas do Pacífico e na costa oeste do continente americano. Nos dias seguintes, sucessivos tremores foram registrados no país.
É importante que os estudantes se apropriem de explicações sobre a ocorrência dos fenômenos naturais como esse e aproveitem a oportunidade para refletir sobre os limites da ação humana diante da intensidade de episódios de grande porte.
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