quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Circulo de Fogo


Nos anos 1960, cientistas desenvolveram a noção de placas tectônicas, o que explica as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala. De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do âmago quente e líquido do planeta. As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas.

O Círculo de fogo do Pacífico ou Anel de fogo do Pacífico (ou às vezes apenas Anel de Fogo) que circunda a placa tectônica do Oceano Pacífico. Essa placa é circundada pelas placas de Nazca, Filipina, de Cocos, Antártica, Indo-australiana, Norte-americana e uma pequena (mas importante) borda com a placa da Eurásia.  Toda essa região de encontro de placas tectônicas, a fissura da junção das mesmas gera vulcões em atividade, terremotos com frequência acima do normal, e as pessoas que moram por ali estão sempre ameaçadas por essa atividade natural, esperando o próximo grande evento.  É uma área onde há um grande número de terremotos e uma forte atividade vulcânica, localizado na bacia do Oceano Pacífico. Os movimentos das placas são devidos às “correntes de convecção” que ocorrem na astenosfera (camada logo abaixo da litosfera).
O Círculo de Fogo do Pacífico (ou Anel de Fogo) é uma área formada no fundo do oceano e por grandes placas tectônicas. Em média, os sismógrafos captam algum tipo de abalo no Círculo de Fogo a cada cinco minutos.
Ring Of Fire: Circulo de Fogo


O Anel de Fogo do Pacífico tem a forma de ferradura, com 40.000 km de extensão e está associado com uma série quase contínua de trincheiras oceânicas, arcos vulcânicos, e cinturões de vulcões e / ou movimentos de placas tectônicas. O Anel de Fogo do Pacífico tem cerca de 452 vulcões, são os tipos de vulcões mais destruidores chamados de vulcões "assassinos" e é o lar de mais de 75% dos vulcões ativos e latentes do mundo.  A maior parte dos vulcões localiza-se ao longo ou próximo dos limites das placas tectônicas. São os chamados Vulcões de limites de placas.




Países e regiões próximos ou inseridos no círculo de fogo:
§  Japão
§  Alasca, costa sul e Ilhas Aleutas,
pertencente aos Estados Unidos da América
§  Costa oeste do Canadá e dos Estados Unidos da América
§  Costa oeste da América Central (México até Panamá)
§  Costa oeste da América do Sul (Colômbia até Chile)
§  Malásia, parte insular na ilha de Bornéu
§  Filipinas
§  Vanuatu
§  Tonga
§  Partes da Antártida próximas da América do Sul (Península Antártica) e também próximas da Nova Zelândia (costa do Mar de Ross).

Atividades tectônicas no Japão


Localizado no Círculo de Fogo do Pacífico, área de ponto de encontro das placas tectônicas oceânicas e cercado por vulcões, o Japão enfrenta desastres naturais freqüentemente. O mais grave terremoto da história do país ocorreu em 1923.
Na ocasião, o tremor, entre 7,9 e 8,3 graus na escala Richter, deixou 156 mil mortos entre Tóquio e Yokohama. Cerca de 75% dos prédios de Tóquio foram afetados. Nos dias seguintes, outros 1.700 tremores de reflexo atingiram o país. Por causa dos tremores, houve tempestades e diversos focos de incêndio. O desastre deixou 500 mil pessoas desabrigadas.

O segundo mais grave terremoto, de 7,2 graus na escala Richter, aconteceu em 1995 e destruiu cerca de 180 mil prédios na cidade Kobe. Cerca de 5.000 pessoas morreram e outras 330 mil ficaram desabrigadas. O desastre também representou prejuízos de US$ 7 bilhões [cerca de R$ 12, 3 bilhões] ao país, em arrecadação de impostos.
Durante o século 19, em 1896, um tsunami atingiu a costa da ilha de Honshu e matou cerca de 28 mil pessoas quase toda a população costeira. As ondas, de até 30 metros, invadiram 160 km país adentro.
Em 2007, um terremoto de magnitude de 6,9 graus deixou ao menos 170 feridos. O tremor gerou o receio de um tsunami, mas o alerta acabou suspenso.
 No ano de 2011, o Japão sofre um terremoto de magnitude 8,9 seguido de um tsunami, que chega a 900 o número de mortos, segundo o último balanço anunciado pela polícia neste domingo (no horário local).
A polícia nacional acrescentou ao balanço 642 pessoas desaparecidas e 1.570 feridos, pelo tremor que abalou a costa nordeste do país na véspera, gerando um devastador tsunami, que varreu partes da costa da ilha de Honshu. O número de vítimas, porém, ainda não é definitivo e pode, de acordo com a estimativa do próprio governo, superar os mil mortos. A agência de Kyoto fala em 1.700 mortos.
 O dia 12 de março um forte terremoto de 8,9 graus na escala Richter - com epicentro no oceano a 24 km de profundidade e a apenas 130 km da costa do Japão - sacudiu o arquipélago. Nesta magnitude, o sismo tem a força suficiente para dizimar cidades inteiras. Minutos depois, um tsunami devastou várias cidades da costa nordeste do país, em especial a província de Miyagi, cuja capital é Sendai, com 1 milhão de habitantes. Foi o maior abalo já ocorrido no país, situado entre os dez maiores já registrados pela humanidade. Mesmo sendo um país rico, organizado e com espaços estruturados para suportar abalos - os japoneses estão acostumados a tremores de terra diários -, os efeitos são devastadores: o cenário é de terra arrasada, com destroços amontoados em várias cidades da região. O abalo foi de grande magnitude, mas a maior parte da destruição resulta da ação do tsunami, com ondas de até 10 metros de altura que arrastaram casas, carros, barcos, equipamentos públicos e edificações terra adentro. Entre os efeitos mais preocupantes está o comprometimento de reatores nucleares em Fukushima. Houve também repercussões em ilhas do Pacífico e na costa oeste do continente americano. Nos dias seguintes, sucessivos tremores foram registrados no país.


É importante que os estudantes se apropriem de explicações sobre a ocorrência dos fenômenos naturais como esse e aproveitem a oportunidade para refletir sobre os limites da ação humana diante da intensidade de episódios de grande porte.

Apresentar a descrição dos tipos de vulcões existentes na bacia do pacifico


O número de vulcões ativos  é de 1.343, a grande parte deles submarinos. A maioria dos vulcões em atividade, 82%, estão na região do Pacífico, agrupados no chamado Círculo do Fogo, uma região geologicamente muito instável. Dentre esses vulcões, destaca-se o Pinatubo, nas Filipinas, que em Junho de 1991 entrou em erupção depois de 611 anos de inatividade. Na ocasião, morreram 875 pessoas e 200 mil ficaram desabrigadas. Os vulcões podem ser classificados de acordo com o tipo de suas atividades: linear ,peleana , submarina e hawaiana.
Linear – São vulcões provenientes de fendas, que expelem grande quantidade de lava. As atividades desse tipo ocorrem na Islândia e na Nova Zelândia, onde em 1886 se abriu numa explosão, uma fenda de 15 km de comprimento sobre a qual se formaram inúmeras crateras.
Avalanche de fogo
Peleana – São os vulcões que expelem grande quantidade de gases ardentes em violentas explosões, lançando lava a quilômetros de distância. O nome faz referência ao Monte Pelee, na Martinica, onde foi observada pela primeira vez uma explosão deste tipo. Os vulcões peleanos têm as erupções mais devastadoras. Entre eles estão o Vesúvio, o Etna, o Stromboli, na Itália, o Átila (Grécia) e Krakatoa (Indonésia), que na sua última erupção em 27 de Agosto de 1883, foi responsável pela maior explosão vulcânica da história. Ele lançou lava a uma altura de 55 km que, dez dias depois, caiu em forma de cinza numa distância de até 5. 330 km. A explosão devastou 163 povoados e matou 36.380 pessoas.
Submarina – Ocorre no relevo submarino, quando as placas tectônicas se afastam. O derrame de lava acontece tranquilamente, já que a pressão da água impede a formação de vapores. Em 1957 foi observado uma erupção submarina no arquipélago dos Açores, na costa noroeste da África, provocando ebulição da água na região.
Fontes de Lava
Hawaiana – São vulcões que expelem grandes quantidades de lava, de forma ordenada e sem explosões. Têm este nome porque a região do Havaí (EUA) é a que apresenta maior concentração de vulcões deste tipo. O Mauna Loa é um dos exemplos desse tipo de vulcanismo.

Bibliografia


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Distribuição Populacional da Europa


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A Europa possui uma população estimada em 750 milhões de habitantes, número elevado se considerar que a extensão territorial é relativamente limitada, o que significa que é bastante povoado.
No continente europeu não existem regiões extensas que apresentem vazios demográficos,como os que encontramos em desertos, áreas florestais ou de altas latitudes. No entanto, a população européia não apresenta distribuição uniforme, sendo bastante densa próxima às grandes cidades e nas partes industrializadas do ocidente europeu (vale do Ruhr, Amsterdã, Londres, norte da Itália). Mais ao norte (península Escandinava), devido às baixas temperaturas, e nas áreas montanhosas do sul (Alpes), o povoamento apresenta-se mais esparso.
Por ser a porção menos desenvolvida economicamente, a parte meridional da Europa - que abrange as penínsulas, Ibérica, Itálica e Balcânica - tem uma grande parcela da população ligada ao setor agropecuário. Dessas saíram muitos emigrantes para as áreas mais industrializadas do continente.
Atualmente, os países mais desenvolvidos, que receberam milhares de imigrantes na década de 1970, declararam-se incapazes de continuar acolhendo os estrangeiros, fecham suas fronteiras à imigração e incentivam a reemigração. Por outro lado, o retorno dos imigrantes gera dois graves problemas aos seus países de origem: aumenta o desemprego, ao mesmo tempo que diminui a entrada de divisas pela remessa de ganhos dos imigrantes às suas famílias.
Nos países nórdicos, devido aos obstáculos oferecidos pelo clima, a população é pouco numerosa em relação ao grande território; as maiores concentrações populacionais aparecem nas áreas urbanas do centro-sul da região.
Esses países proporcionam aos cidadãos excelentes condições de saúde, instrução e habitação,sendo o PIB per capita bastante alto e a assistência social a mais completa do mundo. A cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, é a mais populosa da região.
O Leste Europeu, incluindo a Rússia, abriga uma população de aproximadamente 323 milhões de habitantes, pertencentes a diversas etnias. Na Rússia, a ocupação do espaço não é uniforme; áreas extremamente povoadas, sobretudo a oeste, alternam com outras praticamente vazias. Moscou e São Petersburgo são os mais importantes centros urbanos.
A Europa sempre constituiu um ponto de fixação e cruzamento de povos. Por esse motivo, sua população é composta por um grande número de etnias, que se distinguem pela diversidade linguística (existem no continente mais de 100 línguas ou dialetos), religiosa (cerca de 15 religiões diferentes) e também cultural.
A maior parte dos europeus é caucasiana, dividida em pelo menos três grandes grupos etnolinguísticos: latinos, germânicos e eslavos.
Os povos latinos habitam nações que integraram o antigo Império Romano, correspondendo principalmente às populaçõesdos países do Mediterrâneo Ocidental, entre as quais se destacam os portugueses, espanhóis, italianos e franceses. Os romenos são um povo latino radicado na Europa de Leste.
Os povos germânicos encontram-se na Europa Norte-Ocidental e Central; são eles os alemães, austríacos, holandeses, escandinavos e britânicos. Alguns países mesclam línguas e/ou povos de origem latina e germânica, como Suíça e Bélgica, por exemplo.
Os povos eslavos, encontram-se fundamentalmente nos países da Europa de leste, ou Oriental, entre eles figuram os russos, bielorussos, ucranianos, polacos, checos, eslovacos, eslovenos, croatas, bósnios, montenegrinos, sérvios, búlgaros, etc.
Além dos povos que enumeramos e dos resultados das misturas entre eles, podemos destacar os finlandeses, os húngaros, os gregos as minorias celtas, nas ilhas Britânicas e na península da Bretanha, e bascas, na Espanha e na França.
Embora a Europa apresente grande diversidade religiosa, de maneira geral, predomina o catolicismo romano entre latinos e o catolicismo ortodoxo entre os eslavos.
Dentre as minorias, destacam-se os judeus, numerosos até a Segunda Guerra Mundial na Europa Central e Leste Europeu, e os muçulmanos, na Península Balcânica.

Aspectos Físicos e Naturais da Europa



A Europa apresenta uma altitude média de 340m, a menor de todos os continentes. Distinguem-se duas regiões geomorfológicas: a setentrional e a meridional. Na primeira, o relevo apresenta velhos maciços nivelados e planícies, entre elas as bacias sedimentares de Londres, de Paris, da Suábia e da Francônia; as planícies da Alsácia, do leito médio do Reno, da Bélgica e dos Países Baixos; os maciços montanhosos da Escandinávia, da Escócia e da Irlanda; as montanhas inglesas, os Urais, os Vosges, as Ardenas, a floresta Negra, o maciço xistoso renano, o Harz, a floresta da Boêmia e o maciço central francês.

A região meridional apresenta longas cadeias montanhosas, que se estendem desde a cordilheira Penibética, na Andaluzia, até o Cáucaso, e incluem os Pireneus, os Alpes, os Apeninos, os Cárpatos e os Balcãs. Nessas montanhas encontram-se os mais altos cumes da Europa, como o monte Branco (4.807m).

CLIMA:
Distinguem-se três climas: o oceânico, o continental e o mediterrâneo. O clima oceânico se estende pela faixa ocidental desde a Noruega até Portugal. As chuvas são abundantes e bem distribuídas ao longo de todo o ano. Todavia, a latitude e a proximidade do mar geram temperaturas mais frias no norte e no interior do continente. O clima continental predomina na Polônia, no leste da Alemanha, na Suécia, na Finlândia e nos países bálticos. As precipitações, menos freqüentes do que no clima oceânico, concentram-se no verão. Os verões são curtos e quentes e os invernos e muito frios. As precipitações no clima mediterrâneo são escassas e se repartem entre o inverno e as estações intermediárias. As temperaturas são suaves no inverno e quentes no seco verão. Esse clima abrange o sul da França, a Espanha, a Itália e a Grécia.

VEGETAÇÃO:
A paisagem vegetal européia de hoje representa uma parcela muito pequena do que foi essa cobertura vegetal no passado. A diminuição sensível do espaço ocupado pela vegetação natural está relacionada a um grande número de fatores, principalmente aos de ordem econômica.

A antiguidade da ocupação humana no continente, o intenso aproveitamento econômico que essas populações sempre fizeram e fazem ainda hoje da vegetação nativa, a elevada densidade demográfica continental, a urbanização e o uso intensivo do espaço rural para a produção agropecuária foram fatores que levaram ao processo de devastação da vegetação original.

O que restou dessa paisagem aparece hoje distribuído em cinco formações distintas, em função das diferentes condições de solo e dos vários tipos de clima no interior do continente.

A vegetação européia é o reflexo das condições climáticas e dos tipos de solo. Uma delas: 


TUNDRA: Se encontra ao norte da Europa aonde o clima é o polar, com um verão curto e temperaturas mais amenas (10ºC a 20ºC), e um longo e rigoroso inverno. As chuvas não passam de 250 mm anuais. A vegetação é composta por musgos e liquens, pequenos arbustos e flores silvestres.

Aspectos Econômicos, Mercantilismo à Terceira Revolução Industrial


Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas.
A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.