quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Distribuição Populacional da Europa


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A Europa possui uma população estimada em 750 milhões de habitantes, número elevado se considerar que a extensão territorial é relativamente limitada, o que significa que é bastante povoado.
No continente europeu não existem regiões extensas que apresentem vazios demográficos,como os que encontramos em desertos, áreas florestais ou de altas latitudes. No entanto, a população européia não apresenta distribuição uniforme, sendo bastante densa próxima às grandes cidades e nas partes industrializadas do ocidente europeu (vale do Ruhr, Amsterdã, Londres, norte da Itália). Mais ao norte (península Escandinava), devido às baixas temperaturas, e nas áreas montanhosas do sul (Alpes), o povoamento apresenta-se mais esparso.
Por ser a porção menos desenvolvida economicamente, a parte meridional da Europa - que abrange as penínsulas, Ibérica, Itálica e Balcânica - tem uma grande parcela da população ligada ao setor agropecuário. Dessas saíram muitos emigrantes para as áreas mais industrializadas do continente.
Atualmente, os países mais desenvolvidos, que receberam milhares de imigrantes na década de 1970, declararam-se incapazes de continuar acolhendo os estrangeiros, fecham suas fronteiras à imigração e incentivam a reemigração. Por outro lado, o retorno dos imigrantes gera dois graves problemas aos seus países de origem: aumenta o desemprego, ao mesmo tempo que diminui a entrada de divisas pela remessa de ganhos dos imigrantes às suas famílias.
Nos países nórdicos, devido aos obstáculos oferecidos pelo clima, a população é pouco numerosa em relação ao grande território; as maiores concentrações populacionais aparecem nas áreas urbanas do centro-sul da região.
Esses países proporcionam aos cidadãos excelentes condições de saúde, instrução e habitação,sendo o PIB per capita bastante alto e a assistência social a mais completa do mundo. A cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, é a mais populosa da região.
O Leste Europeu, incluindo a Rússia, abriga uma população de aproximadamente 323 milhões de habitantes, pertencentes a diversas etnias. Na Rússia, a ocupação do espaço não é uniforme; áreas extremamente povoadas, sobretudo a oeste, alternam com outras praticamente vazias. Moscou e São Petersburgo são os mais importantes centros urbanos.
A Europa sempre constituiu um ponto de fixação e cruzamento de povos. Por esse motivo, sua população é composta por um grande número de etnias, que se distinguem pela diversidade linguística (existem no continente mais de 100 línguas ou dialetos), religiosa (cerca de 15 religiões diferentes) e também cultural.
A maior parte dos europeus é caucasiana, dividida em pelo menos três grandes grupos etnolinguísticos: latinos, germânicos e eslavos.
Os povos latinos habitam nações que integraram o antigo Império Romano, correspondendo principalmente às populaçõesdos países do Mediterrâneo Ocidental, entre as quais se destacam os portugueses, espanhóis, italianos e franceses. Os romenos são um povo latino radicado na Europa de Leste.
Os povos germânicos encontram-se na Europa Norte-Ocidental e Central; são eles os alemães, austríacos, holandeses, escandinavos e britânicos. Alguns países mesclam línguas e/ou povos de origem latina e germânica, como Suíça e Bélgica, por exemplo.
Os povos eslavos, encontram-se fundamentalmente nos países da Europa de leste, ou Oriental, entre eles figuram os russos, bielorussos, ucranianos, polacos, checos, eslovacos, eslovenos, croatas, bósnios, montenegrinos, sérvios, búlgaros, etc.
Além dos povos que enumeramos e dos resultados das misturas entre eles, podemos destacar os finlandeses, os húngaros, os gregos as minorias celtas, nas ilhas Britânicas e na península da Bretanha, e bascas, na Espanha e na França.
Embora a Europa apresente grande diversidade religiosa, de maneira geral, predomina o catolicismo romano entre latinos e o catolicismo ortodoxo entre os eslavos.
Dentre as minorias, destacam-se os judeus, numerosos até a Segunda Guerra Mundial na Europa Central e Leste Europeu, e os muçulmanos, na Península Balcânica.

Aspectos Físicos e Naturais da Europa



A Europa apresenta uma altitude média de 340m, a menor de todos os continentes. Distinguem-se duas regiões geomorfológicas: a setentrional e a meridional. Na primeira, o relevo apresenta velhos maciços nivelados e planícies, entre elas as bacias sedimentares de Londres, de Paris, da Suábia e da Francônia; as planícies da Alsácia, do leito médio do Reno, da Bélgica e dos Países Baixos; os maciços montanhosos da Escandinávia, da Escócia e da Irlanda; as montanhas inglesas, os Urais, os Vosges, as Ardenas, a floresta Negra, o maciço xistoso renano, o Harz, a floresta da Boêmia e o maciço central francês.

A região meridional apresenta longas cadeias montanhosas, que se estendem desde a cordilheira Penibética, na Andaluzia, até o Cáucaso, e incluem os Pireneus, os Alpes, os Apeninos, os Cárpatos e os Balcãs. Nessas montanhas encontram-se os mais altos cumes da Europa, como o monte Branco (4.807m).

CLIMA:
Distinguem-se três climas: o oceânico, o continental e o mediterrâneo. O clima oceânico se estende pela faixa ocidental desde a Noruega até Portugal. As chuvas são abundantes e bem distribuídas ao longo de todo o ano. Todavia, a latitude e a proximidade do mar geram temperaturas mais frias no norte e no interior do continente. O clima continental predomina na Polônia, no leste da Alemanha, na Suécia, na Finlândia e nos países bálticos. As precipitações, menos freqüentes do que no clima oceânico, concentram-se no verão. Os verões são curtos e quentes e os invernos e muito frios. As precipitações no clima mediterrâneo são escassas e se repartem entre o inverno e as estações intermediárias. As temperaturas são suaves no inverno e quentes no seco verão. Esse clima abrange o sul da França, a Espanha, a Itália e a Grécia.

VEGETAÇÃO:
A paisagem vegetal européia de hoje representa uma parcela muito pequena do que foi essa cobertura vegetal no passado. A diminuição sensível do espaço ocupado pela vegetação natural está relacionada a um grande número de fatores, principalmente aos de ordem econômica.

A antiguidade da ocupação humana no continente, o intenso aproveitamento econômico que essas populações sempre fizeram e fazem ainda hoje da vegetação nativa, a elevada densidade demográfica continental, a urbanização e o uso intensivo do espaço rural para a produção agropecuária foram fatores que levaram ao processo de devastação da vegetação original.

O que restou dessa paisagem aparece hoje distribuído em cinco formações distintas, em função das diferentes condições de solo e dos vários tipos de clima no interior do continente.

A vegetação européia é o reflexo das condições climáticas e dos tipos de solo. Uma delas: 


TUNDRA: Se encontra ao norte da Europa aonde o clima é o polar, com um verão curto e temperaturas mais amenas (10ºC a 20ºC), e um longo e rigoroso inverno. As chuvas não passam de 250 mm anuais. A vegetação é composta por musgos e liquens, pequenos arbustos e flores silvestres.

Aspectos Econômicos, Mercantilismo à Terceira Revolução Industrial


Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas.
A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

União Européia - Constituição e Condição Atual



   A proposta final do tratado constitucional para a União Europeia, oficialmente, tratado que estabelece uma Constituição para a Europa foi publicada pelo Praesidium da Convenção para o Futuro da Europa, em 18 de Julho de 2003. Após longas negociações, foi acordado - com algumas alterações - pelo Conselho Europeu em 18 de Junho de 2004 em Bruxelas. 
Foi assinado a 29 de Outubro de 2004, em Roma. 
Em 1965, é firmado um tratado que funde os executivos das três comunidades europeias (quando estas já possuíam instituições comuns em matérias de justiça), por meio da criação da Comissão Europeia (CE) e do Conselho da União Europeia (órgão que não deve ser confundido com o Conselho Europeu,que é a instituição das reuniões de chefes de estado e de governo dos países-membros que começaram a se desenvolver no final da década de 1960). O Ato Único Europeu foi firmado em fevereiro de 1986 e entrou em vigor em junho de 1987. Esta teve como missão redinamizar a construção da Europa, fixando a consolidação do mercado interno em 1993 e permitindo a livre circulação igual de capitais e serviços. Por meio deste tratado, as competências comunitárias foram ampliadas nos domínios da investigação e do desenvolvimento tecnológico, ambiental e da política social. A ata única consagra também a existência do Conselho Europeu, que reúne os chefes de estado e de governo e impulsa uma iniciativa comum em matéria de política externa (a Cooperação Política Europeia) assim como uma cooperação de matéria de segurança. 
O Tratado de Maastricht foi assinado em fevereiro de 1992 e entrou em vigor em 1993. Neste acordo, a União Europeia continua com o seu mercado comum e a CEE, transformada em Comunidade Europeia, marca uma nova etapa no processo de união. O tratado cria a cidadania europeia, permitindo residir e circular livremente nos países da comunidade, assim como o direito de votar e ser eleito em um estado de residência para as eleições europeias ou municipais. Foi também decidida a criação de uma moeda única, o Euro, que entraria em circulação em 2002 sob controle do Banco Central Europeu. 
Cerimônia de assinatura do Tratado de Lisboa. 
Este tratado tinha como objetivo melhorar o funcionamento da União Europeia mediante a modificação do tratado de Maastricht e do Tratado de Roma. Algumas das reformas mais importantes introduzidas pelo Tratado de Lisboa foram a redução das possibilidades de estancamento na toma de decisões do Conselho da União Europeia mediante o voto por maioria qualificada, um Parlamento Europeu com maior peso mediante extensão do procedimento de decisão conjunta com o Conselho da UE, a eliminação das obsoletas instituições (os três pilares da União Europeia) e a criação das figuras de presidente do Conselho Europeu e de Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança para dotar de uma maior coerência e continuidade às políticas da UE. O Tratado de Lisboa, que entrou em vigor em 1º de dezembro de 2009, também fez com que a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia fosse juridicamente vinculante para os estados-membros. 
Assim, transcorrido mais de meio século desde a Declaração Schuman, a UE enfrenta desafios, como a aplicação do Tratado de Lisboa, o controvertido processo da adesão da Turquia, a ampliação na Península Balcânica e a adesão da Islândia, depois de ver-se gravemente afetada pela crise econômica de 2008.
  

Crise Econômica e Eventos da Atualidade



     A crise econômica de 2008-2012, é um desdobramento da crise financeira internacional precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers.
     O governo norte-americano, que se recusara a oferecer garantias para que o banco inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers, alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira , provocou nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG para salvar suas operações. Mas, em poucas semanas, a crise norte-americana já atravessava o Atlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país, que passava por sérias dificuldades.
As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société x, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias.

     Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968,que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado.
     Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão /≈R$ 2,76 trilhões) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona.

Bibliografia